
O cancro é a segunda causa de morte em Portugal, logo após as doenças cardiovasculares. O cancro oral é o conjunto de tumores malignos que afetam qualquer tecido da cavidade oral (lábios, boca ou garganta).
A sua localização mais comum é na língua e no pavimento da boca. A incidência do cancro oral é superior ao cancro do colo do útero ou da laringe, sendo o sexto mais frequente em todo o mundo.
Apesar dos avanços ocorridos nos últimos anos no tratamento do cancro oral, este permanece associado a índices de mortalidade elevados, o que se deve, em grande parte, ao seu diagnóstico tardio. A principal opção terapêutica continua a ser a cirurgia, podendo ser coadjuvada pela radioterapia ou quimioterapia.
Os cancros da cavidade oral podem manifestar-se como uma mancha, geralmente branca ou avermelhada, uma massa endurecida ou uma úlcera persistente que não cicatriza. A maior parte das lesões são assintomáticas na sua fase inicial, tornando-se progressivamente dolorosas. A dificuldade em deglutir, as alterações de sensibilidade e os gânglios linfáticos cervicais aumentados podem encontrar-se presentes.
A prevenção do cancro oral assenta, fundamentalmente, na adoção de um estilo de vida saudável, com a eliminação dos fatores de risco, designadamente os hábitos tabágicose alcoólicos. Por outro lado, devem ser realizadas visitas regulares ao médico dentista que permitam um diagnóstico precoce de lesões potencialmente malignas.